segunda-feira, 14 de maio de 2012

Santuario tem agenda concorrida - Pe Dimas Bueno Vasconcelos

Em meio à correria no Centro de Mogi das Cruzes, um lugar mantém-se como ponto de refúgio e tranquilidade. O tradicional Santuário Diocesano do Bom Jesus é um dos mais importantes símbolos da religiosidade e cultura da Cidade. As pinturas e as riquezas de detalhes em sua estrutura fazem do templo um dos locais preferidos pelos noivos mogianos para a troca de alianças. A espera por uma data para se casar no lugar chega a seis meses.
A igreja, uma das mais antigas do Município, é de 1780. O visitante que entra pela porta principal do edifício, na Rua Doutor Ricardo Vilela, pode observar pinturas celestiais do estilo clássico desenhadas por diferentes partes das paredes do altar. As imagens de São Benedito, o padroeiro da congregação, de Jesus Cristo e de Nossa Senhora de Aparecida ajudam a compor a esfera de adoração e meditação.
As paredes, algumas de pau a pique, resistem bravamente ao tempo. "Eu acho aqui um calmante natural. É muito bom ter onde reavivar a nossa fé e saber que é uma casa de portas abertas. Quando entro aqui, esqueço do mundo e de todos os meus problemas", conta a aposentada Maria Lúcia Silva, de 66 anos.
Já a dona de casa Beatriz Santos, de 45, costuma acompanhar sempre que pode as missas realizadas durante a semana. "Há muito tempo eu participo das celebrações e prestigio a ‘Festa de São Benedito’. A igreja é um patrimônio importantíssimo para Mogi das Cruzes, faz parte da história da Cidade", disse.
As missas acontecem às segundas, às 7 e às 19 horas, as quartas, às 15 horas, com a distribuição do Santíssimo Sacramento, aos sábados, às 19 horas, e aos domingos, às 7h30. Em celebrações ocorridas em datas especiais como hoje, Dia das Mães, é alto o pedido de intercessões em favor delas. Apenas em 2011, 980 pessoas do Município pediram isso à direção do Santuário.
O templo é palco também de muitos batismos – ao menos três por mês – e casamentos, um a cada 40 dias, em média. O tempo de espera para o matrimônio no local é grande. "No mínimo seis meses. Neste meio tempo os noivos passam por um curso ministrado ou na Catedral ou nas Igrejas do Carmo para que aprendam juntos sobre o significado do casamento", explica padre Dimas Bueno Vasconcelos.
Uma particularidade percebida pela direção da igreja é a de que os casais têm preferido selar a união no Santuário por ser menor que outros templos católicos da Cidade, além de ter um dos valores mais baixos: os R$ 622,00 da taxa diocesana. Nos demais locais, o valor é acrescido de outros encargos, como o da decoração, e o preço ultrapassa a cifra.
A assistência social é uma das bandeiras defendidas pela comunidade, como explica o religioso. "Montamos cestas básicas, com alimentos trazidos pelos fiéis, para 17 famílias que passam por necessidades. Em algumas épocas onde as pessoas ficam mais sensibilizadas, como o Natal, chegamos a receber cestas inteiras, o que facilita para entregar a quem precisa", aponta.
O padre aponta que a Igreja e a comunidade local ajudam muito na formação de pessoas melhores para a sociedade e devem atrair o jovem, fazendo ações como a Missa do Lava-Pés, na Páscoa, cujos 12 apóstolos de Cristo foram representados por adolescentes. "A Igreja tem esse papel fundamental. A pessoa caminha para a vida. Nós precisamos ter um apoio na vida, para o cristão o apoio é Jesus. Elas serão boas pessoas e boas cidadãs", finaliza.
Jornal O Diário de Mogi
Lucas Meloni

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