sábado, 31 de março de 2012

FORMAÇÃO NIVEL III - Cefas Santos (parte 1)

Queridos,
Neste momento, está se realizando a Formação Nível III da nossa região SP Sul I e estamos sendo acolhido por nossos irmão de Santos. Estamos acomodados no Cefas, onde passamos este maravilhoso dia em um lindo clima de espiritualidade. Fomos acolhidos as 07:30 em seguida participamos da celebração, após algumas palestras, café, almoço, estudo de circulo, finalizamos o dia com um belo momento de vivencia, com um jantar à luz de velas... Agora vamos nos repousar para participar com o mesmo entusiasmos da segunda parte da formação, amanhã, um grande abraço para todos...















Fotos: Adolfo Wapnyk

quarta-feira, 28 de março de 2012

SIMEÃO (Lucas 2, 22-40)

   Saindo um pouco do núcleo relatado pelo Evangelista São Lucas, no Cap.2. versículos de 22 a 40, sobre a Purificação, proposto à Escuta e Reflexão na reunião de fevereiro, queremos nos deter na figura de Simeão.
A nós não consta, pelo texto, qual a identidade funcional de Simeão, Parece-nos que não fosse sacerdote do Templo E muito menos integrante do quadro de fariseus, escribas ou membro das diversas seitas de seu tempo. Só ousamos garantir que se tratava de idoso e sábio, no sentido das coisas de Deus, pois o Evangelista assegura que este homem era justo e temente a Deus (25). Justo e temente, porque observava e praticava com inteireza os postulados revelados expressamente por Deus a seu povo, assim como, “esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava com ele” (25).
Salvo engano, é a primeira passagem evangélica, antes do Batismo de Jesus (Luc 3,31), em que se menciona o “Espírito Santo”. Aliás, para Simeão, repete-se por três vezes, nos versículos 25, 26 e 27, que “o Espírito Santo estava com ele”, “o Espírito Santo tinha revelado a Simeão...” e “movido pelo Espírito, Simeão foi ao Templo”.
Tão importante a sua figura nesta passagem, que não há referência a nenhum outro membro do culto no Templo, quando o Menino Jesus ali é apresentado, em cumprimento “ao disposto na lei do Senhor (24). Há menção, apenas, de Simeão e da profetisa Ana “servindo a Deus em Jejuns e orações de noite e de dia” (37).
É Simeão que procede a todo o ritual de tomar o Menino em seus braços e louvar ao Senhor, pronunciando as profecias, com cujas palavras “José, e sua mãe, se maravilharam das coisas que se diziam do menino” (33).
A seguir, “Simeão os abençoou” (34), valendo-se não da condição de sacerdote do Templo, mas principalmente por estar convencido de sua profunda piedade, de temor de Deus e de estar possuído do Espírito Santo. Um verdadeiro profeta no conjunto do Novo Testamento, justamente a par do máximo Profeta, o próprio Jesus.
Passado este momento destacado numa das três vezes em que Jesus tem presença registrada antes de sua vida pública, a Família Sagrada volta para a Galiléia e, em Nazaré, retoma sua vida de longa preparação para se complementar todo o mistério de nossa Redenção, “pois ali, o Menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele” (40).
Leila Maria e Paulo Marcondes Carvalho
Equipe de Nossa Senhora Aparecida- Eq.1,  Setor Mogi A

terça-feira, 20 de março de 2012

A família dos meus sonhos!

A família dos meus sonhos.
Tem um casal que se ama.
Até o dia final.
E que ama além da cama!
Maravilhoso casal!

Tem os filhos apaixonados.
Pelos pais que Deus lhes deu.

Tem irmãos que se reúnem.
Felizes e a celebrar.
Os encantos da família.
E os encantos do seu lar.

Na família dos meus sonhos.
Lá, todos cuidam de todos,
e todos sabem ceder
e todos sabem perder e todos sabem vencer.

Mais do que DNA.
O que os une é o Senhor.
E é no colo da família.
Que se esconde aquele amor.
Provado, mais que provado.
No riso e também na dor.

E todos recebem dele.
Seja como e onde for.

Lá, choram pelo que sofre.
Lá, cuidam de quem precisa.

Porque do time família.
Todos vestem a camisa.

A família dos meus sonhos.
Permanece sempre unida.
Não é sonho passageiro:
é sonho pra toda a vida!
Fonte: Pe. Zezinho.
**recebido por email de Dalila/Xisto**

quinta-feira, 15 de março de 2012

Encontro Internacional é destaque na Câmara dos Deputados

O Deputado Pe. José Linhares realizou na Sessão Ordinária da Câmara dos Deputados do dia 07 de março de 2012, um pronunciamento anunciando a realização do XI Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora, em Brasília, em julho próximo. 
O parlamentar destaca o imenso significado do evento e frisa a importância do movimento para espiritualidade conjugal da comunidade católica.
Confira a íntegra do discurso:
O Sr. JOSÉ LINHARES (PP-CE) pronuncia o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, é com muita alegria e entusiasmo que comunicamos a realização do XI Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora, em Brasília, de 21 a 28 de julho deste ano. O evento deverá apresentar imenso significado para a comunidade católica no Brasil, com profunda repercussão no conceito contemporâneo do matrimônio e na vida cotidiana dos casais obedientes aos desígnios de Deus.
As Equipes de Nossa Senhora têm origem na iniciativa do padre francês Henri Caffarel, que, em 1938, formou o primeiro grupo de jovens casais, interessados no aperfeiçoamento da vida matrimonial, de acordo com os princípios cristãos. O lugar do matrimônio na doutrina católica tornou-se o centro dos debates e, mais do que isso, o próprio suporte espiritual dos cônjuges, pelo que atraiu gradativamente um sem-número de novos casais.
A ideia da formação das equipes surge em 1947, em razão da multiplicação dos núcleos e da necessidade de unidade e estruturação dos trabalhos. A prece conjugal e familiar, os encontros mensais e a adoção das regras pessoais e espirituais tornam-se a base do funcionamento das equipes. A partir da década de 50, os núcleos se multiplicam pelo mundo e estabelecem métodos universais de funcionamento.
Senhor Presidente, de acordo com o próprio movimento, a razão de ser das Equipes de Nossa Senhora é ajudar os casais a descobrirem a riqueza do sacramento do matrimônio e a viverem a espiritualidade a dois. Como testemunhas do matrimônio cristão na Igreja, esses casais permanecem fiéis às promessas do batismo, baseiam suas vidas no Evangelho de Cristo, divulgam Sua mensagem, e se mantêm ligados à Igreja e ao clero; em suma, fazem de suas atividades uma colaboração com Deus e um serviço ao próximo. Oficialmente reconhecidas pelo Conselho Pontifício em 2002, caracterizam-se como um movimento de fiéis leigos, que realizam trabalho apostólico voltado para a preservação dos valores cristãos da família e da sociedade, difundindo a importância de viver o casamento nos parâmetros da religião, e desse modo contribuindo para a consolidação de famílias e grupos sociais mais equilibrados, mais seguros, mais fraternos e espiritualizados.
Devemos lembrar, a propósito, Senhor Presidente: a fundação da primeira Equipe fora da França deu-se exatamente no Brasil. Ao longo do tempo, em um país tão grande e diversificado, multiplicou-se a adesão de interessados; hoje, são mais de 18.600 casais comprometidos, sob orientação de 1.900 Sacerdotes e Conselhos Espirituais.
Daí a importância do evento de julho próximo, que evocará a figura de Nossa Senhora de Aparecida, padroeira do Brasil. O próprio logotipo do evento apresenta a pesca milagrosa do Rio Paraíba, onde foi encontrada a imagem da Virgem, juntamente com a cruz, símbolo máximo da cristandade, e o casal de mãos dadas, como síntese do trabalho das Equipes de Nossa Senhora.
Senhor Presidente, Nobres Colegas, temos a felicidade de anunciar desde já a realização do XI Encontro Internacional das Equipes, na certeza de a Capital Federal será abençoada pelo acontecimento. Esperamos que a adesão de casais católicos corresponda à inegável vocação cristã de nosso povo, a ser aperfeiçoada e vivenciada de modo cada vez mais profundo, na esteira dos ensinamentos de Jesus Cristo, na luz do exemplo incomparável de Maria, nossa santa mãe de amor e misericórdia.
Muito obrigado, Senhor Presidente.
**mensagem recebida do casal Dalila e Xisto** Brasília

sábado, 10 de março de 2012

FORMAÇÃO - Pós Eacre 2012

Queridos,
Cada momento de formação só nos faz crescer, não foi diferente nesta tarde do dia 10-03-12, na paróquia N.S.do Socorro onde todos nós fomos convidados a participar da Reunião de Pós Eacre. Este momento serviu para que os CRs de cada equipe pudesse passar as experiências vividas nos 2 dias de Eacre e fazer um balanço dos pontos de maior relevância. Coordenado pelo casal Cláudia e Lourival, palestraram o casal Tânia e Fernando sobre a importância do casal ligação e falando sobre a Pastoral Familiar e o serviço das ENS nas comunidades o casal Maria e Ricardo.
O movimento nos proporciona estes momentos de crescimento porém, infelizmente nós não temos dado o devido valor, somos quase 80 casais no setor Mogi-A e neste momento de formação os casais presentes puderam ser contados nos dedos "de 2 mãos". Tudo isso foi organizado para nós, então precisamos valorizar e ter um pouco mais de respeito com nossos irmãos. Todos nós temos compromissos, mas este momento estava marcado a muito tempo, e publicado no folhetim como forma de reforçar e relembrar a todos. Vejam "todas" as fotos que registraram estes momentos...





Fotos: Adolfo Wapnyk

quarta-feira, 7 de março de 2012

Mulher sem medo de ser bonita e boa!

A jornalista e escritora Constanza Miriano fala sobre o seu 8 de Março
 ROMA, terça-feira, 6 de marco de 2012 (ZENIT.org) - A jornalista do TG3 Constanza Miriano está longe do estereótipo da feminista. É profundamente católica, mas muito diferente do estereótipo da garota que cresceu na capela.
Seu primeiro livro Sposati e sii sottomessa (Vallecchi) foi o acontecimento editorial do ano passado, acabando com todos os clichês sobre as mulheres e as famílias de hoje. Na entrevista que deu a Zenit, poucos dias antes do Dia Internacional da Mulher, Miriano volta a falar sobre os temas abordados por ela, com sua ironia habitual "Chestertoniana".

Estamos muito perto do 08 de março, uma festa que é um "totem" para as feministas. Outras mulheres, no entanto, querem aboli-la ...
Constanza Miriano: Eu pertenço à segunda categoria! Hoje em dia eu vejo uma situação de desequilíbrio a nosso favor, no sentido que não vejo tantas mulheres discriminadas, exceto nos casos em que não quero desprezar, de abusos. Pelo contrário, vejo a figura do homem cada vez mais degradado, débil, sentimental, forçado a cuidar e desenvolver papéis que não são propriamente masculinos. Falar do homem como autoridade, enérgico, forte equivale quase a insultá-lo, chamando-o de tirano ou machista. Mas acredito que os papéis devem ser absolutamente redescobertos e valorizados, já que um complementa o outro. Assim, com as reivindicações feministas, eu não compartilho.

Se eu desligar a televisão e se eu fechar o jornal, se eu olhar para as mulheres "de carne e osso" que conheço, as reivindicações que fazem são sobre a maternidade, sobre os filhos;  não querem ser obrigadas a trabalhar, ou muito menos querem fazê-lo, dando um contribuição para a sociedade, sendo forçadas a deixar seus filhos por um tempo irracional. Acho que esta é a verdadeira batalha: a da mãe.

Em termos de "emancipação" a batalha está totalmente ganha: se pensamos na minha diretora do TG, Bianca Berlinguer, e na minha diretora geral, Lorenza Lei, são mulheres ... Para conquistar papéis de "poder", que tem tempos e modos masculinos, as mulheres devem deixar de lado a família, a parte humana.

Nos últimos quarenta anos quem tem visto seu papel distorcido, o homem ou a mulher?Costanza Mriano: O homem sem sombra de dúvida. Roberto Marchesini, escreveu um livro sobre isso, Aquilo que os homens não dizem (Sugarco). Esta publicação explica a retórica à qual o homem deve "feminilizar-se", assumir papéis de cuidado, acudir as crianças, tirar uma licença parental. Eu, pessoalmente, concordo com o Magistério da Igreja e a Bíblia que "homem e mulher os criou”. A distinção sexual não é uma "entidade externa", mas refere-se a duas diferentes formas de encarnação do amor de Deus.O homem deve ter o papel de guia: Se ele começa a trocar fraldas ou preparar as refeições não poderá ser a autoridade ...

O Papa Bento XVI propôs, como  intenção de oração para março, o reconhecimento da contribuição das mulheres para o desenvolvimento da sociedade. Que tipo de reconhecimento, na sua opinião, espera o Santo Padre?
Constanza Miriano: Não o reconhecimento das partes rosas! Eu acredito que pretenda que as mulheres redescubram a beleza do seu papel, particularmente o  maternal. Nós somos as primeiras que tendemos a esquecer esse papel ou a colocá-lo entre parênteses. Como o próprio Papa escreveu na Carta sobre a colaboração entre homem e mulher, a mais nobre vocação para as mulheres é despertar o bem que existe ns outro, para promover seu crescimento. É ela que primeiramente doa a vida ao filho e depois àqueles ao redor dela, com sua capacidade de valorizar os talentos, de se relacionar, de acolher, de mediar, de ver as coisas a partir de múltiplos pontos de vista.

O homem, mesmo na família, tem uma espécie de amor mais voltado para fora, é aquele que constrói no mundo do trabalho, que fecunda a terra. O homem caça e a mulher colhe! Tenho certeza que o Papa não se refere às batalhas feministas, mas espera que as mulheres tornem a abraçar o seu papel, porque, como tudo o que a Igreja ensina-nos, é para nossa felicidade mais profunda. Vejo muitas mulheres que têm negado esta parte mais feminina da vocação, que investiram tudo no trabalho, ou melhor na carreira, renunciando aos filhos e, no final, sofrem.

Qual foi o modelo feminino em sua vida?
Constanza Miriano: Eu tenho muitas. Mulheres que sabem  'espalhar a vida’ adiante são profundamente cristãs. Duas delas, aliás, são mães de seis filhos: uma optou por ficar em casa, a outra em ser médica. Esta última, com uma atividade particular, então flexivel  como o tempo, conseguiu harmonizar bem família e trabalho.
Penso, no entanto, na Irmã Elvira da Comunidade Cenáculo de Saluzzo, que é mãe, de outra forma, de milhares de crianças. Antes dela, tivemos um monte de santas: Teresa de Ávila, Teresa de Lisieux, Catarina de Sena, Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), Gianna Beretta Molla, todas as mulheres muito fortes e corajosas que me inspiram e que eu gostaria de ser semelhante.

No mundo do entretenimento, da TV e dos filmes, da uma ênfase particular sobre a beleza feminina, muitas vezes, não na moldura do bom gosto e da elegância. Os meios de comunicação podem devolver a dignidade à mulher?Constanza Miriano: Um justo cuidado de si como mulheres não é ruim. Nós mulheres católicas às vezes nos iludimos que cuidando do espírito  podemos cuidar menos do corpo, mas acredito que para uma mulher casada é quase um dever de ser agradável. Eu mesma adoro ser um pouco vaidosa e "superficial"! Muitas vezes eu tenho as encíclicas do Papa borradas de esmalte ... não vejo conflito entre a beleza física e a espiritual. Eu amo o esporte e pratico muito. A beleza é um dom: deve ser acolhido, cultivado e guardado, claro, sem "jogar pérolas aos porcos", sem expor de maneira vulgar. No final, o que vemos na televisão é o resultado natural da luta feminista.

Acho que os meios de comunicação podem restituir a dignidade da beleza feminina, não censurando ou condenando,nem destacando o mal, mas mostrando que a verdadeira beleza e a verdadeira felicidade é outra coisa. Nosso desafio como católicos não é fazer o moralista ou o preconceituoso:  não é isso que convence o coração. Precisamos mostrar uma beleza maior, testemunhando, mesmo com esmalte e bronzeada, que a verdadeira felicidade é outra. Não é dito que uma mulher que tem muitos filhos e vive toda uma vida com um único marido, deve necessariamente enfeiar-se. Nosso desafio, como católicos, é mostrar a razoabilidade profunda da fé e a miséria profunda e inevitável que vem de não acreditar. Eu não acho que pode haver felicidade sem Deus, nossos corações são feitos para Ele. Nem mesmo para Brad Pitt e Angelina Jolie vai haver felicidade sem Deus!
**MENSAGEM RECEBIDA DO PE. ILÁRIO**

sábado, 3 de março de 2012

You cat: É o catecismo Jovem aborda, em liguagem juvenil, toda a fé católica, tal como é apresentado no Catecismo da Igreja Católica, sem contudo ambicionar a totalidade oferecida por este.
Segue um link para dar uma olhada, acho que ajudará: http://www.youcat.org/pt/leia-o-livro/papa-bento-xvi-e-o-youcat.html

Este convite do Papa está no prefácio do YOUCAT, que é abreviatura de Youth Catechism , que quer dizer Catecismo Jovem. Esta versão do Catecismo da igreja Católica foi pensado nos jovens e adolescentes.Trata-se de um livro com a explicação contemporânea da fé católica, preparado na Alemanha e prefaciado por Bento XVI.
Este catecismo contém perguntas e respostas, comentários, ilustrações e imagens, sumário de conceitos-chave, citações bíblicas e de santos e grandes mestres da fé católica. Estruturada da seguinte maneira:
- No que os católicos creem (doutrina)
- Como os católicos celebram os mistérios da fé (sacramentos)
- Como os católicos vivem (vida moral)
- Como eles rezam (oração e espiritualidade).
O livro tem 300 páginas e foi lançado em sete idiomas.
 
Queridos amigos e jovens!Gostaria de vos contar um pouco sobre como este livro surgiu, porque logo ficará claro o que ele tem de especial.
Digamos que ele nasceu de uma outra obra, cuja génese remonta aos anos 80. Tanto para a Igreja como para a sociedade mundial era um tempo difícil, em que eram necessárias novas orientações para encontrar o caminho do futuro. Após o Concílio Vaticano II (1962-1965) e numa situação cultural alterada, muitos já não sabiam ao certo em que os cristãos realmente acreditavam, o que a Igreja ensinava e se ela, no fundo, podia ensinar algo, e como tudo isto se inseria numa cultura alterada pelas bases. Não foi o Cristianismo ultrapassado enquanto tal? Pode hoje ser-se crente com a razão? Estas eram questões que até os bons cristãos se colocavam.
O Papa João Paulo II tomou então uma resolução audaz. Decidiu que os bispos de todo o mundo deveriam escrever um livro em que pudessem apresentar tais respostas. Ele confiou-me a tarefa de coordenar o trabalho dos bispos e fazer com que, dos seus contributos, surgisse um livro, um verdadeiro livro, não uma composição de diversos textos. Ele deveria ter o título antiquado de Catecismo da Igreja Católica, mas deveria ser totalmente excitante e novo. Deveria mostrar aquilo em que a Igreja Católica hoje crê e como se pode crer razoavelmente.
Fiquei assustado com essa missão. Tenho de confessar: duvidei de que isso fosse exequível. Pois como seria possível que autores espalhados por todo o mundo compusessem juntos um livro legível? Como poderiam pessoas que vivem em diferentes continentes, não apenas geográficos, mas também intelectuais e espirituais, conseguir juntas um texto que tivesse coesão interna e fosse compreensível em todos os continentes? Ocorreu também que estes bispos deveriam escrever não simplesmente como autores individuais, mas também em contacto com os seus irmãos no episcopado, com as Igrejas locais. Tenho de confessar: ainda hoje, continua a parecer-me um prodígio que esse plano tenha resultado.
Tenho de confessar: ainda hoje, continua a parecer-me um prodígio que esse plano tenha resultado.

Cerca de duas ou três vezes por ano, durante uma semana inteira, encontrávamo-nos para discutir apaixonadamente cada uma das partes que entretanto iam crescendo. Sem dúvida, o primeiro passo foi determinar a estrutura do livro. Ele deveria ser simples, para que os vários grupos de autores, que nós fixámos, pudessem assumir tarefas claras e não tivessem de inserir à força as suas declarações num sistema complexo. Trata-se precisamente da estrutura que encontrais neste livro. É simplesmente retirada da experiência catequética secular: «Em que cremos», «Como celebramos os mistérios cristãos», «A vida em Cristo», «Como devemos orar». Não quero narrar agora como lentamente nos debatemos com a totalidade das questões, até finalmente daí surgir um verdadeiro livro. Numa tal obra pode-se naturalmente criticar algo ou até muito: tudo o que o ser humano faz é insuficiente e pode ser melhorado. Não obstante, é um grande livro: um testemunho da unidade na diversidade. De muitas vozes pôde constituir-se um coro comum, porque tínhamos a partitura comum da fé que a Igreja transmitiu desde os Apóstolos.

Porque conto tudo isto?Tínhamos já tido em conta, durante a composição do livro, que não apenas os continentes e as culturas eram diversos, mas também que dentro das sociedades ainda existiam vários “continentes”: o operário pensa diferente do agricultor, o físico do filólogo, o empresário do jornalista, o jovem do sénior. Portanto, tínhamos de nos estabelecer, em termos de língua e de pensamento, acima de todas estas diferenças, isto é, procurar o espaço da “comunhão” entre os diferentes mundos do pensamento. Assim, tornámo-nos ainda mais conscientes de que o texto necessitava de “traduções”nos diferentes mundos vitais, para aí tocar as pessoas nos seus próprios pensamentos e questões.


Nas Jornadas Mundiais da Juventude que se seguiram – Roma, Toronto, Colónia, Sidney – encontraram-se jovens de todo o mundo. Eles desejam crer, procuram Deus, amam Cristo e querem um caminho de comunhão. Neste contexto, surgiu um pensamento: não deveríamos procurar traduzir o Catecismo da Igreja Católica na linguagem dos jovens, introduzindo as suas grandes afirmações no mundo dos jovens? É claro que também existem muitas diferenças na juventude mundial contemporânea.

Assim surgiu, sob a experiente orientação do arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, um “Youcat” para os jovens. Espero que muitos jovens se deixem fascinar por este livro.

Muitas pessoas me dizem: os jovens de hoje não se interessam por isso. Duvido de que isto seja verdade e estou certo do que digo. Os jovens de hoje não são tão superficiais como se diz deles. Eles querem saber realmente o que é a vida. Um romance policial é excitante porque nos insere no destino de outras pessoas, que também poderia ser o nosso. Este livro é cativante porque fala do nosso próprio destino, pelo que está profundamente próximo de cada um de nós.

Assim vos convido: estudai o catecismo! Este é o desejo do meu coração.

Este catecismo não fala ao vosso gosto, nem vai pelo facilitismo. Na verdade, ele exige de vós uma vida nova. Ele apresenta-vos a mensagem do Evangelho como uma «pérola preciosa» (Mt 13,46), pela qual se tem de dar tudo. Peço-vos, portanto: estudai o catecismo com paixão e perseverança! Para isso, sacrificai tempo! Estudai-o no silêncio do vosso quarto, lede-o enquanto casal se estiverdes a namorar, formai grupos de estudo e redes sociais, partilhai-o entre vós na Internet! Permanecei deste modo num diálogo sobre a vossa fé!
Tendes de saber em que credes. Tendes de conhecer a vossa fé como um especialista em tecnologia domina o sistema funcional de um computador. Tendes de a compreender como um bom músico entende uma partitura. Sim, tendes de estar enraizados na fé ainda mais profundamente que a geração dos vossos pais, para enfrentar os desafios e as tentações deste tempo com força e determinação. Precisais da ajuda divina para que a vossa fé não seque como uma gota de orvalho ao sol, para não sucumbirdes às aliciações do consumismo, para que o vosso amor não se afunde na pornografia, para não trairdes os fracos nem abandonardes os que foram vitimados.
Se, pois, cheios de zelo pretenderdes dedicar-vos ao estudo do catecismo, gostaria de vos dizer uma última coisa para a vossa caminhada: sabeis todos quão profundamente a comunhão dos crentes foi ferida nos últimos tempos pelo ataque do mal, com
a infiltração do pecado no íntimo da Igreja, isto é, no seu coração.
Não o tomeis como pretexto para fugir do rosto de Deus!
Vós próprios sois o corpo de Cristo, a Igreja! Trazei à Igreja o fogo inestinguível do vosso amor sempre que o seu rosto for desfigurado! «Sede diligentes, sem preguiça, fervorosos no espírito, servindo o Senhor!» (Rm 12,11)
Quando Israel se encontrava na situação mais profunda da sua história, Deus não pediu ajuda aos grandes ou aos notáveis, mas a um jovem chamado Jeremias. Este pensou ter-se tratado de um exagero: «Ah, Senhor Deus! Não sei falar, porque ainda sou um menino.» (Jr 1,6) Deus, porém, não f icou desconcertado:
«Não digas: Eu sou um menino! Porque irás a todos a quem Eu te enviar; e falarás tudo quanto te ordenar!» (Jr 1,7)
Dou-vos a minha bênção e oro cada dia por todos vós.
Papa Bento XVI.

**mensagem inicial recebida por email de Paulo Santos e adaptada pelo blog**

sexta-feira, 2 de março de 2012

MISSA DE AGRADECIMENTO

Queridos,
Obstáculos devem ser superados! Infelizmente muitos casais não puderam comparecer à Celebração presidida pelo nosso querido Dom Airtom nesta noite (02-03-12). Apreciem algumas fotos deste belo momento de Vida de Equipe:













fotos: Adolfo Wapnyk