O protagonismo da América Latina
Na festa de Guadalupe Bento XVI falou sobre a evangelização no continente americano
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 13 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) – Em ocasião da Festa de Guadalupe o Santo Padre destacou o sucesso da evangelização no novo continente, particularmente depois de 1531, ano da aparição da Virgem de Guadalupe.
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Pouco antes do início da celebração eucarística do dia 12 de dezembro, o secretário da Pontifícia Comissão para a América Latina, Guzman Carriquiry, leu um texto sobre o bicentenário e sobre Nossa Senhora de Guadalupe, enquanto o Cardeal Nicolas de Jesus Lopez Rodriguez, arcebispo de Santo Domingo fez a invocação inicial a Virgem Maria.
“O sucessor de Pedro – comentou Bento XVI durante a homilia- não poderia deixar passar este evento, sem reconhecer a alegria da Igreja pelos abundantes dons que Deus, na sua infinita bondade, derramou durante estes anos nesta amada nação que, a um alto preço, invoca Maria Santíssima”.
A “morenita del Tepeyac” divinamente estampada no manto do índio San Juan Diego, hoje exposto no Santuário de Guadalupe, na cidade do México, é uma imagem que evoca a mulher do Apocalipse (AP 12,1-2), observou o Papa.
La “Guadalupana “marca a presença do Salvador na população indígena e mestiça” e “nos conduz sempre ao seu Divino Filho, que se revela como fundamento da dignidade de todos os seres humanos, como um amor mais forte do que as potências do mal e da morte, sendo fonte de alegria, confiança filial, consolação e esperança”.
Sobre o contexto atual, o Pontífice destacou o “caminho de integração que avança neste querido continente” que por vezes “faz notar um novo protagonismo que emerge no contexto mundial”.
Por este motivo, o Papa expressou a esperança de que os vários povos da América Latina "salvaguardem o rico tesouro da fé e seu dinamismo histórico- cultural, permanecendo sempre defensores da vida humana desde a concepção até a morte natural, e promotores da paz".
O continente americano deve também estar inclinado a “reconciliação”, a “fraternidade”, e a “solidariedade”, realizando qualquer esforço possível para “superar a miséria, o analfabetismo e a corrupção”, arrancando “toda injustiça, violência, criminalidade, insegurança civil, narcotráfico e extorsão”.
Bento XVI recordou as palavras do Beato João Paulo II, que em 1983, em Aparecida, expressou seu desejo por uma fé enraizada “com profundidade no coração das pessoas” do novo continente, para que se multipliquem “os discípulos autênticos e os missionários” a serviço desta terra para “o desenvolvimento do bem, o triunfo do amor e a difusão da justiça”.
A intenção de realizar uma viagem apostólica no México e em Cuba, antes da próxima páscoa foi confirmada pelas palavras do próprio Santo Padre: com o objetivo de “proclamar a Palavra de Cristo, com a convicção de que este é um tempo precioso para evangelizar com uma fé forte, uma esperança viva e uma caridade ardente”.
O Papa invocando a intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe sobre o povo latino-americano, expressou o desejo de que Nossa Senhora seja “modelo de virtude cristã” e exemplo para a “nova evangelização”.
(Colaboração recebida do Pe Ilário - direto de Jerusalem )
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